Mesmo com a retração da economia, o consumo da bebida no Brasil aumentou 4,6% no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período de 2014, de acordo com o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). E, como o reflexo da incorporação do vinho na mesa dos brasileiros, o número de adegas na decoração também aumentou. Mas com uma importante mudança.
As adegas estão agora integradas aos espaços sociais da casa. E isso se deve ao fato das moradas estarem cada vez menores (o que impede de ser ter um ambiente exclusivo para se guardar vinhos) e também para proporcionar mais comodidade aos apreciadores da bebida que não precisa se deslocar do ambiente onde está, deixando seus convidados sozinhos, para ter acesso às bebidas.
A arquiteta Estela Neto já é adepta dessa combinação. “Em um loft, utilizei um apoio de adega simples, sem climatização, conectada à área gourmet. A escolha foi ideal por se tratar de uma morada onde tudo é integrado”.
Assim como Estela, a arquiteta Isabela Canaan também opta por trabalhar com a adega integrada aos espaços sociais. Em um projeto, a profissional apostou nessa combinação na sala de jantar. “A adega remete aos prazeres de comer e beber bem. Sua localização próxima à sala de jantar aguça os sentidos”, enfatiza a profissional.
Leia mais notícias em Arquitetura e DecoraçãoQuem também lança mão desse recurso em seus projetos é a designer de interiores Laura Santos. “Com a integração da adega, a sala de jantar, se transformou também em um estar, onde pessoas podem degustar o vinho e fazer suas refeições, além de confraternizarem”, salienta a designer.
Para arrematar o projeto a profissional utilizou a automação. “Há quatro formas de setorizar a adega: por país, tipo de uva, safra ou tipo de vinho. Nesse caso, a adega é toda iluminada e quando a pessoa escolhe uma dessas quatro opções, ela se acende e todas as outras se apagam, tornando mais fácil e rápida a escolha”, explica Laura.
Antes de apostar nessa charmosa e funcional solução, no entanto, é preciso ficar atento a alguns cuidados. “Deve-se escolher um bom climatizador, o volume correto de garrafas para definir a quantidade de nichos, como eles serão e fazer um projeto de iluminação eficiente e com baixa emissão de calor”, aconselha Isabela.
Mas antes de tudo há outro fator importante: “A primeira coisa que deve haver é uma boa conversa entre cliente e profissional para que as demandas sejam compreendidas e, assim, o projeto possa atender as reais demandas e sonhos da pessoa”, encerra Estela.